sábado, 24 de novembro de 2012

Estações de Trem - Aparecida do Norte

Visito essa cidade todos os anos (não, não sou religioso, gosto mesmo é do lugar), e sempre tenho que descer até os trilhos que cortam a cidade. Mas desta vez eu consegui convencer minha mãe à descer até a estação de trem, que é muito linda! Super simpática, com aquele ar clássico! Adorei ir lá.

 O local hoje abriga a Secretaria da Cultura

Os trens que vi passar por ali carregavam em sua maioria minérios.

Há uma plataforma no meio de dois trilhos. O tráfego de passageiros deve ter sido intenso.

O Design de letras e placas mostra que a estação é bem antiga.

Os pilares em "Y" aparentemente sustentaram um telhado, já desmontado.

Essas rodas com cabos de aço me intrigaram. Não resisti e perguntei ao guarda o que eram, e ele respondeu que "Servem para abrir as cancelas, nas passagens de nível lá na frente" (perto daquela passarela no fundo). Olhei bem e dá para ver que os cabos seguem à beira dos trilhos. Achei tão interessante o sistema.


Foi um sonho realizado visitar essa estação. Fiquei muito feliz mesmo!

Logo posto outras!

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Closet

          A velha estrada continua a mesma. O cascalho gasto mal sustenta meus pés, e eu insisto em caminhar por ele. O sol, que há muito deixou brilhar, faz com que eu deseje seu débil calor. Não há brisa, e muito menos cores. O cinza fúnebre tomou conta de todas as coisas.
          Paro e penso sobre onde quero chegar. Não sei. Mas mesmo pelo caminho maltratado, meus pés não cessam seus esforços. Talvez haja algo bom ali na frente, talvez alguma cor. Já não crio expectativas.
          Depois de caminhar por tanto tempo nessa estrada, por fim o cascalho acaba. A fraca claridade, se dispersa, e o cinza se torna breu. 
          Tento olhar ao redor, o negrume que me cerca é sufocante. Penso no fim. Sento-me. Lentamente, começo a desejar que a escuridão me engula, que sua pressão me impeça de respirar e que eu possa descansar um pouco, quem sabe para sempre.
          Na mistura de torpor e lucidez, começo a pensar em como as coisas ficaram estranhas depois da infância. Sonhos que se transformaram em cacos reluzentes e foram tragados pelo infinito de um realidade imutável. Lembro de como tudo passou a ter um gosto amargo e azedo. As cores perderam seus tons e a luz se tornou somente um fraco brilho.
         Luzes. Muitas surgiram no percurso, algumas fracas, outras muito brilhantes, mas nenhuma capaz de me afastar do caminho tortuoso ao qual estava destinado. E assim eu segui. 
         Ainda tenho consciência do meu corpo, posso sentir a dor. Finalmente golfadas de escuridão invadem meu ser, não desejo nada mais do que o fim, e espero.
         ...
         ...
          Mas nada muda. Ainda continuo no chão (quando foi que me deitei?), e me encolho ante a opressão da realidade vivente. Sinto frio, dor, frustração, solidão. Por muito, muito tempo.
         ...
         Subitamente, algo muda. Um calafrio quente percorre minha espinha, meus dedos formigam. A pressão escura se torna mais forte, mas de algum modo encontro forças e me levanto. Longe, muito longe, uma réstia de luz ilumina fracamente uma trilha nas pedras. Levo alguns segundos para descobri que a luz vem de mim. 
        Expulso as trevas. Recebo o calor. Um novo fôlego enche meus pulmões, e meus pés voltam a caminhar. Tem algo novo no ar, um cheiro de vida.
        Não é um caminho fácil. Posso ver, lá na frente, muitas pessoas. Algumas estão sorrindo, outras desconfiadas. Há olhares perversos, há sorrisos confortáveis. Mas não me importo. Algo saiu aqui de minhas entranhas e avança corajosamente rumo ao infinito. Sinto-me tão leve quanto o ar, tenho consciência de que posso voar para as estrelas.
         Mas antes, tem eles. Tenho que passar pelas pessoas à minha frente. O calor da verdade em meu interior me infla de coragem para passar por todas elas. Não há medo ou insegurança. Não há máscara ou disfarce. Não há dor ou desespero. Há somente o desejo. 
           E uma ansiedade feliz pelo caminho à seguir. 
       


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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Que Título?


Ontem foi um dia especial.

Como professor, você se acostuma a, de um jeito ou de outro, ser o centro das atenções. É uma coisa inerente ao que fazemos, ao que buscamos para atingir os resultados.

Mas ontem não. 

Ontem eu fui um mero observador. Ontem meus alunos mostraram do que são capazes. Ontem eu senti todo meu trabalho como educador, todo o suor, todas as lágrimas, valerem a pena.

Porque foram meus alunos que brilharam ontem. Que assumiram todo o desafio de realizar um evento como a Noite dos Arteiros, essa festa dedicada à arte. E o fizeram com maestria.

Ontem eu vi, cada rastro de energia que eu gasto ensinando-os, brilhar nos olhos deles. 
Vislumbrei todo o poder da arte como ferramenta formadora e transformadora. 

Eu tenho tanto entalado aqui no cérebro para escrever sobre o assunto, mas as palavras certas não saem. O que vivenciei ontem, é indescritível.

E esses danadinhos bem sabem, se eu fiquei sem palavras, é porque realmente fui surpreendido. 

Vocês, alunos, estão totalmente de parabéns! 
Se alguma vez minha chama como educador esmoreceu, ontem ela foi alimentada e se tornou um incêndio de proporções magnânimas.

Meu trabalho valeu a pena. 


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Estações de Trem - Estrela D'Oeste

Eu sou uma pessoa estranha e isso todos já sabem.
O que nem todos imaginam é que adoro estações de trem. Sempre que vou a uma cidade nova, quero conhecer sua estação de trem... Não perguntem porque, deve ser por eu gostar tanto de andar de trem quando pequeno e por saber que essas estações estão morrendo.

Com vocês: Estrela D'Oeste!








Linda, e ainda bem conservada.

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Volta



E então tudo mudou.

O sol se escondeu

A maré virou

A chuva surgiu.

Como quem se banha em outro ser

Minha alma se rasgou como sempre fora

E por instantes eu pude ver

Tinha o sonho ido embora.

Mas como todo tempo ruim

A tempestade vai se dissipar

O sol e as feridas no fim

Marcado meu coração vai ficar.

sábado, 10 de novembro de 2012

Lá e de volta outra vez!

Cheguei perto, mas muito perto daquela "vida escura e funda", como dizia Elis Regina.

O abismo esteve tão próximo e o medo de cair nele foi tão real, que os calafrios percorriam realmente minha pele.

Mas fui salvo. De novo.

Só que diferente da primeira vez, onde fui salvo por dois anjos muito queridos, desta vez a salvação veio de mim mesmo. Eu tive que descer até as entranhas do tártaro e confrontar o meu próprio Hades. Foi duro, foi difícil, e eu quase me vi preso para sempre naquela escuridão particular.

Mas uma pergunta, uma simples pergunta que me ocorreu (e portanto não deve ter sido tão ao acaso como parece) surgiu como um raio de luz naquele breu:

- O que estou fazendo comigo?

E tudo se desfez. Me vi diante de uma nova era, uma nova vida, com novas possibilidades.
Junto com a certeza do que fazer.

A ação será desencadeada, e a reação será assombrosa. Mas quem se importa?
Eu?
Não mais.

Já me importei demais. Agora chega. Bola pra frente. Vamos correr para o futuro!

E que futuro! Tem um raio de sol tao bonito ali me esperando!



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Um Pouquinho de Paint Art

às vezes gosto de abrir o Paint (aquele programinha super básico de desenho) e produzir alguma coisa. Geralmente para expressar algo que sinto ou que estou passando. Ou simplesmente pra expressar alguma ideia obscura.

Aqui vão alguns:

Busca

Sem Título

Ying Yang

Adeus

Dúvidas

O Que Restou

Favos

Passado

O Retorno

Feh

Zumbi

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