sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pequenos Prazeres



Curioso como algumas coisas simples tem a capacidade de nos proporcionar pequenas felicidades...

Desde pequeno, eu sempre fui um piolho de banca. Estar alí, no meio das revistas, com tanta coisa interessante para ler, sempre me fez muito bem.

Quando comecei a receber meus primeiros salários, tinha gastos bem grandes com a banca. E segui assim por muitos anos, passando religiosamente pelo menos três vezes por semana por lá. A tal ponto que até hoje os próprios donos da banca me perguntam, às vezes, se eu vi essa ou aquela revista, pois eles não encontram... rs

No entanto, de uns tempos pra cá eu havia diminuído o ritmo. Graças à internet, eu estava baixando a maioria das coisas que lia (principalmente os quadrinhos). Então meu gasto na banca diminuiu. Eu passei a ler mais coisas, simplesmente porque era gratuito (nas leis piratas da internet) e de fácil acesso.

Mas com o tempo, percebi que algo estava estranho. Eu estava perdendo o prazer de ler todos esses periódicos. Lia por obrigação, e lentamente fui abandonando um a um. Achava que estava enjoando, que talvez não gostava mais, mas ontem descobri o motivo.

Passei na banca, olhei os lançamentos recentes. E comprei.

E então tudo aquilo retornou. O prazer de chegar à banca, na expectativa de um novo número daquela série que você acompanha... o garimpo no meio das outras revistas. O prazer do tato, do sentir o papel, às paginas. De ler tranquilamente em qualquer local, algo físico, real, não frio e sem graça como uma leitura de tablet ou notebook.

Pequenos prazeres que eu havia perdido.

E então a banca voltou a ser aquele lugar mágico, misterioso, cheio de surpresas e motivo de pequenas alegrias semanais. Voltarei a comprar as séries que gosto, a visitar a banca regularmente, com aquela expectativa  gostosa.

Aprendi muito com essa experiência. Nem tudo que é fácil, ou pode ser conseguido de graça, vai lhe proporcionar prazer real. Tornar as coisas mais fáceis não significa que elas se tornarão melhores.

Mas principalmente, descubra as pequenas coisas que lhe trazem prazer, os detalhes aparentemente insignificantes podem fazer a diferença em pequenos momentos de felicidade.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Filmes

Bons filmes divertem.

Mas mais do que isso, lhe fazem experimentar diferentes sensações, que passam do urgente para o preocupante, do compassivo ao cômico, e quando tudo termina, você tem aquela mesma sensação de dever cumprido dos personagens que você acompanhou por um, duas horas. E fica aquele gostinho bom na boca de quem teve uma experiência compensadora, uma aventura segura e uma viagem imóvel, mesmo que por apenas (ou seriam longos, visto que podem durar uma vida toda) 90 minutos.

Classificar um filme como sendo bom ou ruim é algo inerente a cada um, e tenho pena de quem tenta, a partir de seus gostos, definir o que é ou não bom cinema. Pois como todas as artes, filmes estão sujeitos ao paladar de seus espectadores, paladar esse tão variável quanto estrelas no firmamento.

Então, naquele dia ruim, quando tudo parece te oprimir, quem sabe um bom filme lhe permita sair de seu entorno para embarcar em novas vidas por um tempo... Pois filmes são, ao meu ver, a maneira mais segura de se entorpecer.

Toda essa reflexão me foi causada pelas diferentes experiências que tive assistindo Star Trek - Além da Escuridão. Mas para cada um de nós existe um filme capaz de despertar a mesma avalanche de sentimentos. Basta procurar.