Um final e um começo difícil essa virada 2015-2016...
Em primeiro lugar, acabei conhecendo um cara no Grindr, trocamos muitas ideias, gostei mesmo dele como pessoa, alguém legal, maduro e tals. E aí descubro que ele tinha 16 anos.
Dentre indas e vindas, estou muito caído por ele (como pessoa, não pela idade) mas sei que não posso tocar isso pra frente, além da pressão social, familiar, ainda tem minha própria consciência que não aprova isso muito bem. Dei um jeito de cortar o nosso envolvimento (ainda que em sua maioria seja pelo whatsapp) mas isso não significa que eu não esteja sofrendo, amaldiçoando minha sina de me apaixonar só por quem não posso ter, quando tem tantos caras por aí que são apaixonados em mim. Estou bem mal, com o coração realmente partido, porque houve uma ligação entre a gente muito forte, muito espontânea, e muito, porque não dizer, linda.
Além disso, tive um alarme falso relativo à adoção que me deixou pra baixo (como sempre deixa) e agora, assistindo um episódio de Friends, chorei ao ver o nascimento do filho do Ross. A série conseguiu retratar aquilo de um jeito tão lindo, natural, e as próprias reações do Ross eram emocionantes, que me etingiu forte, e eu chorei. Chorei porque ali estava o que me foi negado. É calro, eu vou ser pai atravpes da adoção, e sou muito grato por isso, mas aquele momento, o nascimento de algo que você fez, que carrega uma parte de você, isso me foi negado.
Eu não sou ingrato, tenho tantas coisas maravilhosas na minha vida, e sou grato por todas elas, mas esse lance familiar, de ter uma família, isso me dói demais não ter. Serei um família com meu filho, e tenho certeza que quando ele chegar tudo isso será esquecido, e eu serei o pai mais feliz do mundo, mas no momento, eu me ressinto demais por não ter isso.
Eu espero mesmo que tudo isso seja uma grande lição, na qual eu aprendo a dar valor à família porque, em alguma vida passada, eu não dei. Porque só com esse tipo de coisa em mente, eu consigo aceitar essa peça do destino.
E que fique a memória do que senti na virada do ano, sozinho em casa, com insônia por todas essas coisas, assistindo a queima de fogos da minha janela: Solidão, uma infinita solidão.
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