Fecho os olhos sem descansar de fato
O sangue que escorre direto dos passos
Mesmo acordado eu quero deitar
Eu sei o caminho, onde tudo se encontra
Eu sei os espinhos, a fé me demonstra
Mas a dor é tão grande que quero deixar
Aqui e ali uma mão me norteia
Mas cruel é língua que me chicoteia
No abraço amigo eu busco um arfar
O sol vai se pondo, cruel é a noite
Posso escapar, fugir do açoite
O caminho é tão claro, melhor caminhar
E quando ao destino eu enfim chegar
Talvez nesse trem eu não deva embarcar
Caminhando nos trilhos, pra sempre trilhar.