sábado, 22 de março de 2014

Rumos

E a vida vai seguindo seu rumo.

É curioso como em um dia você está perdido, se desesperando a cada encruzilhada. Deixando que cada chuva lhe faça perder os rastros que teimava em seguir, sem saber exatamente onde estava indo. Sua vida, a cada dia, se remete a circular pelos mesmos caminhos tortuosos, vivendo das pequenas alegrias (verdadeiras, mas finitas) que encontra pelo chão. Como um pombo que cisca por migalhas.

E então, como um estalo, como uma súbita iluminação vinda de lugar nenhum, você para. Para e observa o quanto andou sem realmente sair do lugar. E aquilo te incomoda, profundamente. Se depara com duas únicas opções: sentar-se e ali estagnar para o resto de seus dias, ou tentar sair daquele caminho tão confortável em busca do que realmente é importante.

Novos horizontes assustam. Não é fácil pisar em terras desconhecidas, mas algo te motiva a sair dos trilhos. E descobre, subitamente, que aquilo é o que sempre quis. Porque a luz que enxerga no final desse caminho é tão forte, tão quente, que te purifica de todos os medos, de todas as dores.

Pois que é caminho longo. Difícil. Há pedras, vales e depressões, mas aquela luz... ah, aquela luz. Ela te guia, você a sente mesmo antes de encontrá-la. Ela te fortalece e te renova.

E você segue o caminho que sempre se negou a enxergar. Feliz. Determinado. Ansioso. Abre mão do que achava importante (como era tolo!). Luta, sacrifica-se.

Porque a luz é o seu destino, o seu caminho e tudo o que lhe importa agora. Ela é a única e verdadeira razão do seu viver. Não há escapatória, e você está satisfeito.

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