sábado, 31 de janeiro de 2015

Sozinho


Um pouco sozinho. 
Essa é a definição do momento. Eu mudei, eu moro sozinho. É minha realidade agora.

Lá no fundo, estou profundamente incomodado. Estou apavorado, com medo de não dar conta... com medo de não sobreviver dessa maneira. Estou afundando em culpa por ter sido egoísta e deixado minha mãe... ela merecia mais. Agora está lá, praticamente sozinha, e a culpa é toda e só minha.
E aí me sinto também apreensivo. Eu não posso me sentir assim, tenho uma adoção para conseguir e eu preciso estar 100%. Eu tenho a obrigação de ser forte e sobreviver, pois em breve vai ter alguém aqui que precisa que eu seja um adulto, um pai. Não posso ser fraco, não posso me dar esse direito.

Mas me incomodo. Os poucos momentos que o Bruno vem aqui são de pura alegria. Mesmo que ele fique em um canto e eu em outro, e a gente quase não se fale, só de ter alguém aqui já é reconfortante. Eu preciso me livrar dessa necessidade.

E isso me traz de volta a velhos hábitos, velhas sensações. Eu preciso expurgá-las, para sempre. 

Mas é difícil. Tenho esperança de que essa sensação ruim vai passar, que estou em fase de adaptação e tudo vai se encaixar com o tempo. 

Eu preciso.

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